Wednesday, December 21, 2011

It's Beaujolais Nouveau time.....

Esse post tá atrasado umas 3 semanas....mas antes tarde do que nunca!! E graças a um blog que leio sempre, acabei lembrando....

Vou falar hoje sobre um monstro do "EnoMarketing", chamado BEAUJOLAIS NOUVEAU.




Ele foi primeiro lançado lá na década de 30 pra comemorar o fim da colheita de cada ano (e tb pra "se livrarem" de vinhos baratos). Era lançado em Dezembro, mas ai depois de algumas mudanças da data oficial, nos anos 80 foi decidido que ele seria lançado na 3a quinta-feira de Novembro. E assim continua até hoje. Todo ano, na 3a Quinta-feira, pode ter certeza que estará lá. E o mundo enológico todo fica na expectativa...bem legal.

Esse vinho, que pelo nome já se percebe, é da região de Beaujolais, no sul da Borgonha na França.
A segunda uva tinta mais produzida lá, depois do Pinot Noir, é a cepa de nome GAMAY.
Não é mto comum achar vinhos produzidos só dessa uva (varietal). Normalmente a usam pra fazer blend com outras uvas, por ter bastante fruta e acidez....

Aliás, pra quem curte um Cheeseburger, como quem vos fala, e quiser harmonizar com outra coisa além de Coca-Cola, tome um Gamay....fica bem legal!

Voltando....Bom, ele é um vinho pra ser tomado extremamente jovem, já que ele é fermentado apenas por poucas semanas.
Por lei, os cachos tem que ser colhidos manualmente, os mantendo "intactos".

Pelos cachos estarem intactos, a fermentação é diferente da normal. É feita uma maceração carbônica, onde a fermentação é feita a base de dióxido de carbono. Como a fermentação é feita dentro das cascas, e depois só que são esmagadas, os taninos são BEM suaves e com MUITA fruta.

Agora, por eler ter poucos taninos e ser um vinho jovem, se passar de alguns meses do lançamento, ele já não está legal pra tomar. Quer dizer, ele perde toda a caracteristica.
Portanto é legal lembrar da data, pra quando sair, você já sair pra comprar. E alguns poucos meses depois ainda tá legal, só não demore muito não.

Só fiquem espertos se resolverem provar, MAKE SURE que vocês estão comprando o de 2011.
Já vi muito nego malandro, querendo empurrar BN de safras de 2010 e até 2009....fujam!

Como disse, ele tem bastante fruta, bem poucos taninos, acidez bem controlada.
É quase um TANG em esteróides....rs

Por ter essa caracteristica, ele é pra se tomar quase gelado. Não é um vinho pra ficar pensando muito, fazendo longas análises. Frutas vermelhas Bem intensas!
Também não me apareça com uma garrafa dele debaixo do braço em um restaurante, pq ele não vai harmonizar com nada, como disse acima.

Outra coisa, é um vinho de qualidade e ao mesmo tempo super barato.
Compramos aqui no BJ's por $9, $10 dólares. Quem for daqui dos EUA, tem em vários lugares, Publix, BJ's, Target, etc....
No Brasil eu serei sincero, não faço a MINIMA idéia de preço. Mas não deve ser caro não. Ele é um vinho relativamente barato de se produzir.

O maior produtor dele é o Georges Duboeuf. E uma coisa legal é que o rótulo nunca é o mesmo. Eles mudam todo ano.
Outros paises produtores tb tem sua versão local do vinho, mas sinceramente, não é competição. Além do BN ser melhor, a marca é MTO forte!

Vale mto a pena provar. Em época de festas é um vinho fácil de agradar todo mundo...e baratex...

Cheers e Feliz Natal




Saturday, December 10, 2011

Vinagre by the Glass




Eu gosto de escrever só quando tenho algo pra dizer. Não penso "puts, faz tempo que não posto nada no blog, preciso pensar em algo pra escrever"....não, não foi essa a intenção de começar o blog.
With that said, esse post já era pra ser escrito há um tempo atrás, mas não rolou.
Nada demais, apenas uma situação que me deparei (e me deparo frequentemente), e acho que seria legal dar um toque.

Fomos um dia comer num restaurante no antigo Pleasure Island, em Downtown Disney, onde agora existem bares e restaurantes diferentes.
Paramos no Paradiso 37. Lugar muito legal, agradável, vista linda e o atendimento legal tb.
Por ser um restaurante de comida das Americas do Sul e Central, ou seja, com toques espanhóis, resolvi pedir uma taça de Tempranillo. Vinho que normalmente você não vê em restaurantes servido by the glass, mas valeria a pena, já que a comida com certeza combinaria.....só que me esqueci de um detalhe importante que sempre levo em consideração quando saimos pra jantar. E só depois que provei o vinho, lembrei no que deveria ter pensado ANTES...rs

Quando você vai num restaurante e na carta de vinho, ou de bebidas em geral, você sempre vê alguns vinhos que são oferecidos por taça (By the Glass)! Muito conveniente, pois nem sempre vc quer pedir uma garrafa inteira, principalmente se não tem alguma coisa que vc se sentirá a vontade de provar ou se a(o) companheira(o) não tomará com você.

Vou falar, pra dar um número a essa estatistica, quase 90% das vezes que peço vinho by the glass, o vinho não tá legal. E um dos motivos pela qual decidi escrever esse post, é pra dar uma dica que pode ser útil quando você estiver num restaurante/bar, e tiver afim de tomar uma ou duas tacinhas só.

NÃO INVENTE HISTÓRIA, quando for pedir vinho by the glass em restaurantes/bar onde a maior fonte de renda/especialidade NÃO for vinho.
Se você nunca tomou um Tempranillo, por exemplo, NÃO deve ser num restaurante/bar, pedindo uma taça dele,  que vc irá descobrir se essa é a sua nova uva preferida. Mas claro, isso dependende de onde vc irá pedi-lo.

Dá pra vc ter uma idéia disso vendo a carta de vinhos deles, se é bem elaborada, se tem coisas diferentes (vendidos em garrafa). Dêem uma pescada nas outras mesas, vejam se estão bebendo vinhos tb, ou se a maioria está acelerando um Mojito ou cerveja.

Digo isso pelo seguinte. Grande parte de restaurantes e bares que não se especializam em vinhos, mantém seus vinhos servidos por taça, como se fossem garrafas de vodka, rum ou whiskey. Muitas vezes por não saberem que vinho tem vida, e na sua grande maioria, se mau armazenado, no segundo dia dele aberto, já estarão ruins.
Existem tb os motivos financeiros. Eles não vão abrir uma garrafa só pra vender uma taça, e se nenhuma mais for vendida, eles tem que "desperdiçar" o restante. Ai nego deixa a garrafa aberta, pq algum gênio uma vez falou pra eles que pode deixar aberto, "afinal de contas, Vinho do Porto fica aberto por meses, e não estraga"..... Eles não sabem que o porto "não estraga" (coloco "" pq não é verdade que não estraga, mas o gosto oxidado dele é caracteristico, então parece que não está estragando...mas não vem ao caso) se aberto por mais tempo, pq é adicionado aguardente nele, portanto o nivel de álcool e isso faz com que ele aguente mais a oxidação.
Outra coisa que acredito tb, é que eles apostam que o cliente que pede uma tacinha só, algo informal, dificilmente será um tomador de vinho que saberá se o vinho vai estar ruim, ou não. E se forem, dificilmente reclamarão e farão um auê com uma misera tacinha....

Se vocês estiverem num restaurante onde não é a especialidade, ou você ver que tem poucas pessoas tomando vinho, mas você TEM que tomar uma taça, vá no arroz com feijão. Peça um Cabernet Sauvignon, um Merlot, Chardonnay, Sauvignon Blanc, as uvas mais comuns. Até o Pinot Noir eu tenho receio, pq apenas os MTO bons seguram a onda com ele aberto um pouco de tempo. E os MUITO bons, raramente são servidos by the glass.
Digo pra ir no arroz com feijão pq a rotatividade será maior, portanto a chance de uma garrafa de Cabernet Sauvignon, ou Chardonnay estar sentada no bar por mto tempo, é bem mais baixa, portanto a chance dele estar mto ruim é menor.

Lembrando mais uma vez, leve isso em consideração apenas em lugares onde vinho não é especialidade ou que levem o assunto a sério. Em diferentes Wine Bars, pode ir na fé no que quiser, pois eles sabem (ou deveriam saber) como lidar com vinhos by the glass. Muitos usam aquelas máquinas estilo Enomatics, que elas tiram o vácuo da garrafa e servem por taça, ou até mesmo o simples Vac au Vin, aquela rolhinha de borracha com um pump que vc tira o oxigênio de dentro da garrafa, que acreditem ou não, quebra um baita galho.

O mesmo pensamento pra aquelas pessoas que deixam uma garrafa de vinho aberta na geladeira, só colocando a rolha de volta, que abriram um dia pra tomar uma taça, e colocaram de volta. SÓ MANTER A GARRAFA GELADA NÃO FARÁ COM QUE O VINHO NÃO ESTRAGUE.

Por essas e por outras que depois nego fala que não toma mais vinho pq dá dor de cabeça.
Óbvio que vai dar dor de cabeça. Qualquer coisa que você consumir que esteja estragado, te fará algum mal.

Think about this!

Espero que tenha sido útil, e espero que lembrem desse post quando forem pensar em tomar vinho by the glass. Na dúvida, mas só na dúvida mesmo,  BEBA CERVEJA!!!!!rs

Cheers!



Saturday, October 22, 2011

EnoChatíssimos....




Deixa eu dar uma pausa nos Posts da nossa viagem, por um instante, pra desabafar.

Com meu começo da vida blogueira, eu to começando a ler blogs de outros aficcionados sobre o assunto. Faço parte de um grupo de blogueiros sobre vinho. Muito legal ler o material alheio, aprender com alguns, e sentir raiva de outros.

Eu me considero um entendedor mediano de vinho. Eu conheço bastante, mas ainda tem MTA coisa a aprender. Sabendo disso, eu gosto de saber, ler e aprender mais,  independente da fonte que vem. Se é de outra pessoa, de uma revista, programa de tv, rádio, sei lá....eu tenho uma filtragem mto boa pra saber quando vira besteirol, quando é algo que eu já conheça ou quando me deparo a discussões sobre o assunto onde é um Flato cerebral atrás de outro.

Oque me inspirou a escrever esse post foi que, ao ler um desses blogs alheios, um post bem descontraido e interessante que o autor fala em Decantar vinho com um liquidificador.
Claro, houveram pessoas que entenderam o motivo do Post, por ser uma coisa interessante e brincaram com a idéia. E vou falar sinceramente sobre decantar no liquidificador. Não é de toda má idéia.
Dependendo do liquidificador, óbvio. Não farei esse experimento com um liquidificador de plástico que minutos antes eu bati um suco de abacaxi, ou algo to tipo. Bom, resumindo, o post era pra ser divertido e gerar uma discussão descontraida.
Eis que vem um fulano e solta a seguinte pérola.


"eu acho que não dá certo, porque o decanter não é só um jarro que serve para armazenar o vinho. Tanto o seu formato, quanto as propriedades do material que é utilizado para fabricá-lo garantem o desprendimento dos aromas no tempo correto e o mais importante, de uma forma eficaz ao que se propõe de fato, aerando o vinho da forma correta"...... 

A VÁ!!!!!TÁ DE SACANAGEM. Jura, fulano???

Primeiro, parece que vc tirou esse comentário do Google ou Wikipedia e reproduziu no comentário. Segundo, meu amigo, LEIA a P&%$ do blog e veja que o autor sabe a utilidade dum MFing Decanter. Ou você é daqueles que acham que é melhor do que outras pessoas pq vc sabe a utilidade dum F$^%ing decanter??Vá pro inferno!!!!!!!
É pela existência de malas como esse que a primeira coisa que pessoas falam quando falam que vc entende de vinho é a infeliz: "Ahh, vc é um ENOCHATO então...?"

Isso me fez lembrar uma vez eu estava numa degustação na SBAV em SP, bem quando eu tava começando a tomar bem e entender um pouquinho (saber pq tinto é tinto, e branco é branco), e num dos vinhos eu provei e falei " esse tem gosto de água de azeitona". Rapaz,  olharam pra minha cara como se eu tivesse contado uma piada racista no meio dum bar no Bronx, em NY.
Ai vendo outras pessoas falando sobre o vinho, que ele tinha "notas de nozes pecã, com um retrogosto de romãs compotadas por monges mamelucos e mancos do tibet" .To brincando, óbvio. Não falaram isso, mas o rumo era esse. Comecei, então a entender o pq do termo ENOCHATO!
 E não tem como negar, tem nego MTO chato nesse meio.

Desculpe pra quem gosta, mas o campeão dos malas é o tal do Renato Machado. Aquele jornalista da Globo, que tem (ou tinha) um programa na GNT, com o chefe Troigros. PQP, que MALA!

Ai tem aqueles inseguros, que fazem questão de mostrar que entendem alguma coisa, e tem que provar sempre algo pra alguém, que numa roda de conversa alguém fala "ah, podemos fazer um queijos e vinhos pra conversarmos", ai vem o mala "Ah sim, ai eu posso levar o meu Chateau Margaux premier cru de '82, que irá mto bem com um queijo Gouda, pois a acidez do vinho é leve que harmonizará fantasticamente com a gordura do queijo...bla bla bla bla blaaaaaaaa". MALA!

Por isso as vezes eu fico com um pé meio atrás quando perguntam se entendo de vinho...tenho pavor de ser comparado a esses ENOMALAS!

E aliás, esse foi um dos motivos pela qual comecei a escrever o blog. Pra ao invés de eu falar "este vinho tem uma estrutura fabulosa, com taninos maduros, com uma cor intensa e paladar complexo...", eu possa falar "Rapaz, põe as luvas de boxe, que esse vinho é uma porrada, que dá pra cortar com faca.".

É isso. E quem não gostar, ou achar que não seja apropriado eu descrever vinho dessa maneira, não acompanhe o meu blog e que vá assistir o MALA do Renato Machado.

Tenho dito!

Cheers

Friday, October 21, 2011

Merci, Steven Spurrier.....

Terceiro dia, resolvemos então fazer uma rápa do que queriamos em ambas as cidades. Pegamos até um caminho diferente, uma serrinha irada e pra quem conhece Campos do Jordão, onde tudo é uma serra e sabendo que vivi alguns anos lá,  me senti "em casa".
Queriamos ir primeiro no Old Faithful Geyser, que fica em Calistoga, no norte de Napa. O geyser, pra quem não conhece, é tipo uma nascente de água, só que como ela é fervida pelas pedras do núcleo da terra, ela jorra chegando a 20, 30 metros de altura com vapor. Só existem algumas dessas pelo mundo. E essa da Califórnia se chama Old Faithful pq é uma das únicas que o intervalo dos jatos são iguais sempre, de 20 em 20 minutos. Existe uma explicação BEM mais técnica essa minha, mas é pra isso que serve o google....rs.






 Bom, o lugar é MTO interessante e vale a visita. Rola uma fazendinha lá tb, mas pra nós que somos acostumados a ver bezerros, ovelhas, etc., é um pouco comunzão.

Resolvemos ir lá primeiro pois tinhamos visto que na mesma rua era a vinícola Chateau Montelena.
Essa era uma das poucas que faziamos questão de visitar. Ela, pra quem não conhece, foi quem colocou os vinhos norte-americanos no mapa da viticultura mundial.







Em 1976, Steve Spurrier, um mercador de vinhos inglês, que tinha uma loja de vinhos em Paris, meio cansado das mesmisses dos vinhos, com franceses sempre estando a frente dos outros (mesmo que mtas vezes não estivessem, mas sempre foram crentes que estavam), resolveu organizar uma degustação as cegas, com vinhos novos, competindo com os franceses. Essa degustação ficou mundialmente famosa por Judgement of Paris.
Quando vinicolas americanas ficaram sabendo disso, mandaram amostras pra participar. Ele então chamou alguns jurados, formadores de opinião da época. Eram 11 jurados, e desses onze, 9 franceses.

Bom, encurtando a história. Nessa degustação os campeões foram dois americanos, o campeão de vinho branco foi o Chateau Montelena, com um Chardonnay de 1973.
O tinto, quem ganhou foi o Cabernet Sauvignon da Stag's Leap Wine Cellars tb de '73. Bom, já viram né, depois que viram o resultado, ai a francesada ficou possessa, falando que não era bem isso, blá, blá, blá.Um Parlez Vous da porra....
Existe um filme, aliás, chamado Bottle Shock que conta essa história. É um filme mto legal, com atores até famosos. Recomendo.
Por isso, Chateau Montelena é um ícone aqui e até mesmo fora, onde os vinhos americanos não são TÃO famosos Mas todo mundo conhece o C. Montelena.
Tinhamos que ir lá. E fomos. Entramos na área de degustação deles, mto bem feita, inúmeros quadros de reportagens sobre a famosa degustação. Inclusive uma garrafa do vinho campeão numa caixa de vidro, pendurada na parede. O lugar é mto bonito. Resolvemos então fazer um tasting.
Nos serviram um Riesling (Delicioso. Compramos algumas garrafas aliás), o Chardonnay, Zinfandel e Cabernet Sauvignon.
Chardonnay BEM novo-mundista, baunilha, madeira, etc. O Zinfandel MTO interessante. Um Zin bem mais delicado do que os usuais americanos, na cor, no paladar. Vinho muito agradável, fácinho de tomar, mas que infelizmente não é muito achado aqui, só online. E o Cabernet Sauvignon que não preciso falar...
Demos uma volta por lá, tomamos, tiramos foto, e seguimos viagem.

Como já estávamos pro Norte, resolvemos ver oq tinha pros lados de lá. No caminho passamos pela Sterling, que resolvemos parar de última hora.






O lugar é lindo, uma BAITA estrutura pra visita, até com teleférico pra área de produção, com degustação no caminho do tourzinho, uma vista ALUCINANTE lá de cima, tudo mto lindo. Agora, o vinho......Tudo bem que já meio que sabiamos, por ser um vinho barato aqui, vendido em qualquer lugar. Tomamos CS, Pinot Grigio, Chardonnay, Malvasia Bianca, Sangiovese, etc...os caras tem de tudo. Mas tudo meia-boca.
Moving on....

Estávamos já meio cansados do dia de bike anterior, e pra ser sincero, os vinhos da Sterling cairam como uma bomba, então resolvemos só almoçar e dar umas voltas a pé pela cidade.
Descobrimos um restaurante MTO legal, chamado FARMSTEAD.




O restaurante parece um Barn, e quase tudo que servem são produzidos por ele mesmo. Você sai do salão, e la fora dá pra ver as plantações de manjericão, tomate, tudo que eles usam, eles plantam lá. A comida é iradissima, e o lugar tb mto agradável.
Tomamos um vinhozinho Rosé pra dar uma refrescada...
Saindo de lá, passamos numa Gelateria, bem italianona mesmo, depois em loja de azeites, etc....Ah, e compramos uma caixa com isopor pra poder despachar as garrafas que haviamos comprado!
No caminho de volta pro hotel, claro, tivemos que parar pra tirar umas fotos na famosa placa de Napa.


Seguimos, pois no dia seguinte iamos embora, então precisamos arrumar as coisas.....

E lá fomos nós....

Cheers


Wednesday, October 19, 2011

Keep Biking....

Segunda dia e resolvemos ir a Napa. Queriamos ir um dia em Sonoma, outro em Napa e o terceiro pra fazer oq deixamos de fazer em ambas.
Procuramos fazer uma coisa diferente, pra aproveitar um pouco mais o lugar, a natureza e o clima, que como falei antes, tava INCRIVELMENTE bom, não dando nem um pouco de saudade da Sauna que é a Florida.
Resolvemos então fazer um self-guided tour de bike. Só que era um esquema diferente. Alugamos as bikes, ai falamos pro pessoal da loja mais ou menos onde queriamos ir, eles prepararam uma rota e nos deram um mapa conforme oque escolhido. Óbvio, por estarmos sozinhos e donos dos próprios narizes, podiamos parar onde bem entendessemos. E foi oque aconteceu. E foi um passeio mais para ver do que parar pra tomar....



Ahh, outra coisa, eles tiraram um Menu pra almoço e falaram pra escolhermos oque queriamos, que tava incluso um almoço na Rutherford Hill, que é uma das vinicolas que tem parceria com eles, permitindo que os clientes usem as dependências de piquenique da vinicola pra servir o nosso almoço.
Tudo muito lindo, saudável, natureba. Só uma coisa que nem passou na minha cabeça é que, diferente de orlando, onde não tem UMA ladeira, lá é feito de ladeiras (óbvio)...rs.
Mas apesar do esforço fisico, o passeio é alucinante. A gente pedalava e curtia a vista. Parando e comendo as uvas das videiras...muito legal. Recomendo. Ahh, e oq comprássemos nas vinicolas, como estávamos de bike, era só ligar pra loja e falar que haviamos comprado coisas e eles passavam em cada vinícola e pegavam pra nos entregar na volta do passeio...Muito legal!

Passamos na frente da famosa Opus One, onde o prédio parece mais um quartel general do que uma vinicola, mas passamos de longe só. A primeira que paramos de fato foi a Silver Oak.
Silver Oak é super famosa, com um nome MTO forte por aqui, e com vinhos bem caracteristicos de Napa. Uma marca mto forte.








Lembro quando comecei a trabalhar na Vines, eu tinha curiosidade pois várias pessoas perguntavam dele, etc, e eu não sabia mto pois nunca tinha tomado. Até um dia que a gerente e o dono da loja abriram uma garrafa dum Silver Oak Cabernet Sauvignon Napa '05 (Napa pq eles tem CB de outras regioes tb). A garrafa desse em especifico custava U$100, oq pra cá é um vinho caro! Eles tem um de Alexander valley que é um vinhaço tb, porém mais barato, custando em torno de U$60.
Sabe aqueles vinhos que vc tem que colocar luva de boxe pra encarar?? Você toma um gole e parece que tá tomando uma porrada na cara de tão estruturado. Um vinho complexo...pancada!
Pois é, o Silver Oak é assim. Eles SÓ produzem Cabernet Sauvignon.

Chegamos, comemos umas uvas de CS das videiras e entramos no Tasting Room deles. Muito sofisticado, com muito bom gosto, uma adega climatizada com umas garrafas de coleção, e uma taxa de U$20 pra provarmos 2 vinhos, e ainda ganhamos taças com o logo deles. E não eram quaisquer taças não, taças Bordalesas da Schott Zwiesel. Tomamos, e seguimos viagem....
No caminho passamos na frente da Groth, que tb é bem conhecida aqui, Caymus, entre outras.
Dani queria passar numa loja que ela já havia visto, de azeites, chamada St. Helena Olive Oil Company.



Uma loja MTO legal, muito bom gosto, com vários produtos além de azeites...mto legal!
Passamos por outras várias, mas só na porta. E é muito legal que voc6e vai passando, na mesma rodovia, e vai vendo as entradas e quase todas conhecidas.
Seguimos então para o almoço que era um pouco distante de onde estávamos.
Depois de umas 2 ou 3 paradas quando estávamos pedalando morro acima, chegamos na área do almoço. Chegando lá em cima, uma vista incrivel dos vinhedos, todos mortos de fome e eu só no bagaço..rs.



Comemos, descansamos um pouco e seguimos nosso caminho.Ai sim, morro abaixo...ha!

Ali perto fica a MUMM, que é uma vinicola que produz Chardonnays e Pinot Noirs, porém seu carro chefe é o espumante.



Reparamos, como todas as vinicolas que entramos, como eles sabem fazer as coisas. Incrivel a estrutura pra visitantes, todas de muito bom gosto e preparadas pra receber gente. Dá até gosto de ver!
Na Mumm não foi diferente, mas ficamos pouco lá, pois já tinhamos que voltar pra devolver as bikes.

Pelo texto acima, parece que foi rápido, né? Bom, pegamos as bikes as 11 da manhã e devolvemos as 5pm. Yep! Já viu o resultado né, quebrado, assado e bêbado, porém feliz..haha.
Devolvemos as bikes e voltamos ao Hotel. Chegando no hotel, direto pra Jacuzzi pra tentar recuperar e planejar o dia seguinte! E o dia seguinte seria interessante, com visitas em lugares históricos....

Cheers



Saturday, October 8, 2011

"I'm praying for rain, in California...so the grapes can grow and they can make more wine....." - Napa Part II

Bom, seguimos em direção a Santa Rosa, saindo de Muir Woods.
Não deu 15 minutos de viagem e já começamos a ver vinhedos no acostamento da estrada, e o clima bem "Jordanense" (de Campos do Jordão, onde passei minha infância e vivi alguns anos..), ou seja, céu azul, sem nenhuma nuvem e vento frio....irado!
Fomos dias antes da colheita deles. As vinicolas que produzem espumantes já haviam colhido as frutas, mas de resto, os vinhedos estavam muito bonitos, LOTADOS de cachos de uvas....

Chegamos no hotel, o Hilton Wine Country Sonoma. Estávamos cansados da viagem e queriamos descansar pros próximos dias que seriam cheios...Perguntamos na recepção qual era a melhor pizza que entregariam no Hotel, o cara passou e ligamos. IRADA a pizza. Parecida com pizzas do Brasil, massa delicia, super leve...muito boa!
Acordamos no dia seguinte, aniversário da Dani, e fomos tomar café no hotel ( Que aliás foram complimentary do hotel, por eles terem vacilado na nossa reserva). Uma vista alucinante!


Aos vinhos..... Fomos primeiro na Rodney Strong Winery.





Ela fica em Healdsburg, umas 10 milhas de onde ficamos, e eu queria ir lá, primeiro pq eles tem uma estrutura bem legal, visitor friendly, e eles tem um vinho muito legal. Lembro uma vez estávamos num restaurante que gostamos muito de ir aqui em Winter Park, chamado 310 Park Avenue, e pedi uma taça do Cabernet Sauvignon deles. Não conhecia e queria ver qual era. Incrivel o vinho, cabernezão bem californiano, porém como de Sonoma (CS não é o forte de Sonoma) e não Napa, ele é bem mais fruta, e menos tânico que os CS de Napa. Uma estrutura super boa, fruta bem madura, madeira, chocolate...resumindo, um vinho MTO legal. Lembro tb que tomei, gostei mto e sai procurando onde tinha pra vender, já que na Vines não tinhamos.
Achei, e o preço? 16 pila a garrafa! Eles tem esse Cabernet que é o "básico"deles. Eles tem um reserva tb, de Alexander Valley e outro "grand reserva" tb de Alexander Valley. Além de um Pinot Noir (que não me impressionou muito não), Chardonnay (Bem no estilo Sonoma), um Sauvignon Blanc, Merlot,  Zinfandel e Cabernet Franc.
Mas mesmo tendo outras cepas, o carro chefe deles é o Cabernet Sauvignon.
Não fizemos o tour, pois chegamos um pouco mais tarde, mas pudemos andar pelos parreirais e pudemos comer as frutas direto do cachos...Petite syrahs, cabernet sauvignons....mto legal! Fiquei mais fã do vinho depois dessa visita...

Saindo de lá fomos numa, chamada Copain. Essa Copain, que fica em Russian River Valley, foi indicada por uma gerente de outra vinicola que um amigo daqui me indicou, e ao contactar essa gerente, ela me falou que estaria fora a semana toda e que as visitas estariam fechadas, mas indicou uma outra vinicola, essa Copain, pra quem o enólogo deles tb faz uns trabalhos...








Chegando lá, nos deparamos numa vinicola maravilhosa, com uma vista alucinante, e uma estrutura simples, mas de muito bom gosto. Chegamos lá e eles tavam tendo uma promoçãozinha com uma empresa de dois caras que faziam pizza, levando o forno a lenha num trailler. Rolava um combozinho, comprando uma taça de um dos vinhos, incluia uma pizza individual. Vou falar primeiro das pizzas...vou te falar, como ex-dono de pizzaria, uma das melhores que já comi. Agora, o vinho....ahh, o vinho....

Como não conheciamos os vinhos deles, pedimos uma sugestão da moça nos ajudando. Ela sugeriu um blend deles, totalmente inusitado, de 50% de Pinot Noir e 50% de Pinot Gris. Eles fazem uma Co-Fermentação, muito usado em Côte-Rôtie, no Rhône, na França, onde eles usam Syrah e Viognier. Diferente dos blends tradicionais, onde cada suco é fermentado separado, e depois misturado, nesse caso as duas uvas são fermentadas já misturadas. Esse método foi muito usado antigamente, onde usam a cepa branca pra dar uma "suavizada"nos taninos da cepa tinta.
Bom, eles fazem a mesma coisa com esse vinho, uma co-fermentação.. Resultado: uma rosado escuro, já que fizeram com Pinot Noir que já é um vinho claro, mas ficou um vermelho brilhante.
No nariz, já sentimos de cara TODAS as frutas vermelhas possiveis e BEM floral. Na boca uma acidez bem balanceada, porém um pouco mais presente por causa do Pinot Gris, mas mto bem elaborado, pra não ficar "ardido"de acidez...E é muito doido que vc toma, ve de cara as carecteristicas do Pinot Noir de Russian River (que pra mim é o estilo que mais gosto quando falamos de PN dos EUA), mas depois sentimos caracteristicas Citrus do Pinot Gris...resumindo, o vinho é MTO legal, mto interessante, e feito numa escala bem baixa. Tão baixa que só vendem lá na vinicola. Nenhuma loja ou restaurante tem. Tivemos que comprar uma garrafinha pra trazer. Não piramos tanto não pq eles vendem online, mas direto deles, então quando quisermos, ligamos e pedimos....Eles tem uma linha pequena, mas contendo esse blend, um Pinot Noir varietal (100% pinot noir), Syrah, Viognier, e mais uns três blends diferentes.






Bom, ficamos apaixonados pela vinicola, mas tinhamos que seguir pra encontrar com um amigo de infância da Dani, o Daniel, que mora em Santa Cruz e foi passar o dia com a gente em Sonoma, junto da namorada.
Encontramos com eles no centro de Sonoma, e fomos em outras duas vinicolas com eles, ali perto do centro mesmo. Uma chamada Sebastiani e outra chamada Gundlach-Bundshu.
A Sebastiani meio que nos decepcionou. MTO comercialzona demais, vinhos bem meia boca. E estranho pois eu já conhecia os vinhos dessa vinicola, e não eram maus não. Mas eles foram vendidos em 2010, e aparentemente a qualidade foi lá pra baixo, se preocupando mais com o marketing. Não vou nem falar muito pq não tem muito oq falar....moving on...

Gundlach-Bundschu. A vinicola mais antiga de Sonoma, com uma história que começa lá em 1858. É bem interessante, e sem dúvida é um dos maiores responsaveis pelo sucesso dos vinhos de lá!
Chegamos na vinicola, e reparamos que ia rolar um casamento naquele dia mesmo. Eles estavam arrumando as coisas, com a recepção do casamento no deck deles, com vista pros vinhedos. O lugar é MUITO bonito!






Entramos no Tasting Room pra provar os vinhos e dar uma olhada. Fomos atendidos por um hispano ruivo..haha. O cara gente boa e prestativo. Falou um pouco dos vinhos deles, mas só o básico.
O carro chefe deles são o Cabernet Sauvignon e Merlot, mas eles tem uma linha bem diversa, como esses dois, um cabernet franc, gewurztraminer, tempranillo, rose, pinot noir, tempranillo rose, syrah e zinfandel...
O legal que eles tem as cavas (onde ficam os barris de vinhos fermentando) numa caverna feita na base de um morro, que dá de frente pra loja. Lugarzinho pitoresco!


Final do dia, já estavamos no bagaço, fomos de volta pro centro pro Daniel pegar o carro dele e pra comermos algo.
Fiquei sabendo de um restaurante português lá no centro, chamado L Salette. Fomos nele, mas meio que com um pé atrás, pois com sobrenomes Oliveira e Moreira, rola um certo conhecimento no quesito bacalhau!


E todos ficaram boquiabertos com a qualidade dos pratos. Bacalhau irado, e pra acompanhar, tomamos um vinho local, da produtora SPANN, que era um blend de Chardonnay e Viognier.
Bom, resumindo, dia fenômeno com ótima companhia, ótimos (e não tão ótimos) vinhos, e ótima comida!!!
Chega, fomos pro hotel e dormir que no dia seguinte tinha mais.....

To be continued

Cheers



Tuesday, September 27, 2011

Ahhh Napa and Sonoma, where have you been all of our lives??? Part I

Em Maio passado, estávamos planejando oque fazer pro aniversário da Dani (18/09), pra ela tentar pegar uma semaninha de férias.
Ela conseguiu e apesar de ser o aniversário DELA, parece que o presente foi pra mim, mesmo ela sendo uma ávida tomadora de vinho as well!
Planejamos então uma viagem pra San Franciso, Napa e Sonoma counties. 
Pra quem não sabe, Napa e Sonoma são OS PICOS produtores de vinhos aqui na Gringolândia.
Apesar de vinho ser feito em quase todos os estados aqui, Napa e Sonoma são a Meca da viticultura nos EUA.
Estávamos com meus sogros também, portanto foi uma viagem mais turística do que enológica, já que eles não são grande tomadores de vinho (mas consegui fazer meu sogro tomar vinho bom..hehe). Mas eles encararam bem, portanto deu pra tomar BEM e conhecer lugares incriveis.
Como foram vários dias e tem coisa pra caceta pra contar e mostrar, irei por partes....

Tentei fazer um itinerário de vinícolas a visitar, dos vinhos que conhecia e sabia que eram bons, etc e tal.
Depois de abusar do Google Maps pra calcular distâncias do Hotel pra vinícolas, restaurantes, etc, e fritar a cabeça, cheguei a brilhante conclusão um dia antes do embarque. Não vou fazer mapa p$*& nenhuma. Vou pegar os nomes e endereços das vinícolas que meio que fazia questão de ir, e vambora. Chegando lá a gente vê oque rola.
Apesar de Napa e Sonoma serem as mais conhecidas e casas das maiores vinícolas, tem muita coisa boa nos arredores de lá, como Healdsburg, Alexander Valley, Carneros, Russian River e várias outras com vinícolas em todas. Então oque fizemos foi um minimo de planejamento, pra não ter que ficar dirigindo que nem umas baratas tontas, meio que fariamos tudo de um lado, depois tudo de outro, etc....e deu certo!

Bom, depois de quase uma viagem internacional, chegamos super tarde em San Francisco. Dormimos num hotel ao lado do aeroporto pra no dia seguinte acordarmos cedo e pegar o carro no próprio aeroporto.
Ao chegarmos já demos de cara com a briza do pacifico, gelada, animal!!!
Calhou que bem no primeiro dia nosso em S.F. estaria rolando um evento de vinhos (Primeira edição), chamado CALIFORNIA WINE RUSH, no Ferry Building.








            Um evento relativamente pequeno, mas muito legal. Eles dividiram estandes não por produtor, como normalmente acontece, mas conforme a região. Foi legal que iamos no estande de LODI por exemplo, e tomávamos vinhos de umas 3 ou 4 vinicolas de lá, ou iamos na mesa de CARNEROS e a mesma coisa. Legal pra ver a semelhança nos vinhos, já que mais ou menos do mesmo terroir...bem interessante. E também pra conhecer regiões novas... 
Muita coisa legal, mas dois vinhos que me chamaram a atenção foi um Semillon e um Cabernet Franc do mesmo produtor, chamado ANDIS, da região de AMADOR COUNTY. O Semillon 2010 é da primeira safra de Semillon produzida. Muito interessante o vinho, num preço bem legal (U$19).
Não ficamos muito pois ainda tinha viagem a diante....
Seguimos em direção a Santa Rosa (onde ficava nosso hotel, vizinha a Sonoma).
No caminho Dani falou para pararmos no parque nacional de MUIR WOODS. Um parque IRADÍSSIMO, onde se encontram Sequoias e Redwood trees centenárias, com troncos absurdamente grandes. As bichas eram e são tão massivas que mal queimam em caso de incêndio! Incrivel! Dá pra ter uma idéia do tamanho das crianças nas fotos!!!!




 O parque tem vários caminhos, dependendo da sua disposição em andar...E depois, no final, eles tem um restaurantinho só com produtos orgânicos de fazendeiros da região.Muito interessante. Com certeza uma parada imperdível pra quem for visitar San Francisco, já que o parque não é nada longe. Cruzando a Golden Gate, já logo na sequência! 
Bom, seguimos uma curta viagem de uns 45 minutos, até o Wine Country....pra ai sim, nos prepararmos pra um SERIOUS GRAPE JUICE DRINKING!!!!!

to be continued.....



Wednesday, August 31, 2011

Irmãos de mãe solteira



No começo de Julho fomos jantar na casa de uma familia de amigos que moram aqui perto da gente, pois eles haviam nos convidado para um jantar árabe na casa deles.

Teve de tudo, Hummus, babaganuche, Kibe, Esfiha...como falamos aqui, "the whole 9 yards"...

O anfitrião, brasileiro, muito amigo nosso, também é tomador de vinho. Só que no caso dele, só italiano...rs. Você abre a adega dele, SÓ italiano! Impressionante. Se tiver algum americano lá, na certa fomos nós que demos...

Pela comida árabe ser BEM temperada, com bastante ervas, especiarias, pensei em levar um vinho que tb tenha características parecidas, e ver qual é.
Pensei na hora num Zinfandel que tinhamos, especificamente do produtor Joel Gott, da Califórnia.

Não lembro de ter falado sobre a cepa Zinfandel no blog. Essa foi outra "pérola" que encontrei aqui quando comecei a trabalhar com vinho nos EUA.
Zinfandel é uma das "Margueritas" dos americanos (Pra quem esse post é o primeiro a ler no Blog, veja nos Blogs anteriores sobre as pizzas margueritas).

Ela, na verdade, é um clone da uva italiana PRIMITIVO, que veio pros EUA em torno de 1850, trazida pra California quando Viveiristas como Frederick Mackondray foram pra lá atrás de ouro.

Aí tá, Frederick resolveu ir pra Califórnia. Por ser botânico e sabendo que ia ficar na região por um tempo, resolveu levar uma videirinha de Primitivo.

Resultado: hoje Zinfandel toma 11% das plantações de viti-viniferas na Califórnia. Fora os EUA (e Itália com a Primitivo), não tem mais nenhum lugar produzindo Zinfandel no mundo. Se tiver, é em BEEEEEM menor escala, sendo insignificante comparado ao Zin daqui.

Pra quem nunca tomou um Zinfandel, é um vinhozinho bem interessante. Ele é bastante escuro, tânico ("seca" a boca), e tem uns toques de pimenta, especiarias,anis, MTO legal. Logo no primeiro gole vc já sente a pimenta.
Dá pra harmonizá-lo com mais ou menos tudo que você faria se tivesse tomando um Cabernet Sauvignon, pelos taninos e estrutura do vinho, mas ele segura MUITO a onda com comidas apimentadas e temperadas! Talvez por isso que americano ame o Zinfandel. O povo pra gostar de pimenta assim lá longe!!!!!

Por isso a escolha em levar um Zin pro jantar árabe. E... ficou bem acompanhado!
Agora, o mais legal é que, ao chegar, vi que esse nosso amigo já tinha uma garrafa de Primitivo.
Não deu outra:  abrimos as duas garrafas e fiquei impressionado com a semelhança.
Achei muito legal por poder comparar e ver que eles são muito parecidos, mas sabe aquela caracteristica tipica dos vinhos italianos, alto teor alcóolico,  gostinho de terra? Bem presente, quando comparado com a versão anglo-saxônica, que tem bem mais fruta, mas continua com as especiarias, uma pimentinha....

A cepa Zinfandel é uma uva que cresce em cachos grandes, e as uvas ficando bem juntas umas as outras. Ela amadurece rápido e tem um nivel alto de açúcar. Ela tb é bem conhecida por fazer vinhos alcoólicos, crecendo bem em clima ameno, nem mto frio, mas tb nao mto quente. Pelas uvas crescerem bastante juntas uma das outras, muito calor pode acabar proliferando Botrytis - um fungo que não é bem vindo pra esse estilo de vinho (diferente do vinho SAUTÉRNES, que é produzido com uvas "Botrytizadas").

Tentaram fazer o Zinfandel menos alcoólico, mas é como nego querer produzir Coca-Cola transparente. Não virou. Não adianta querer mudar a caracteristica da coisa, ainda mais num Vinho.
Quem não gosta de vinho muito alcoólicos, que não tome, ué....

Ele tb não é vinho de guarda. Ele não ficará muito melhor com envelhecimento. Os de melhor qualidade até que dá pra guardar uns 5, 7 anos, mas não sei se vale a pena a espera. Fizemos uma comparação enquanto eu trabalhava na Vines, tomando um Pine Ridge de 2003, com um de 2009. Quase não vi diferença....

Eu lembro que esse Zin que tomamos, foi o mesmo que eu tomei pela primeira vez em 2009, do Joel Gott. Eu amei, e dele comecei a provar outros. Agora, o melhor que tomei até hoje é do produtor Turley. Esse Turley tem vááários vinhedos em lugares diferentes, todos com Zinfandel. Vinho delicioso e não muito barato (U$45, U$50), dependendo do vinhedo de onde vem. O melhor que tomei deles é do vinhedo DUSI.
O legal desse Turley, é que até pouco tempo atrás, eles só vendiam pra quem eles conheciam. Donos de restaurantes, amigos da vinicola, colecionadores ou seja, pessoas que eles tinham certeza que não iam banalizar os produtos dele.
Mas o Joel Gott é uma opção mais em conta (U$20), e é um belo vinho.
O Primitivo que tomamos foi Masseria Pietrosa. Não conhecia...vinho mto bom, ótima estrutura, BEM italianão, bem escuro, bem tânico....valor relativamente igual ao Joel Gott, em torno de U$18,U$20....

Como disse acima, Zinfandel é uma das, se não A uva caracteristica da viticultura americana. Ela é MTO vendida aqui, e é o motor do carro-chefe daqui. Mas na verdade, o Zin tinto ta sendo mais consumido nos últimos 10 anos pra cá. O que realmente é consumido é o famoso White Zinfandel.
Se vc entrar em qualquer 7-11 da vida, de cara vc já se depara com um stand com vinhos pra venda a 5,6 doláres, e na sua grande maioria do produtor Sutter Home. O "Seu Sutter Home", numa época onde a venda de Chardonnay no país era incrivel, e a oferta não tava conseguindo acompanhar a demanda, no começo dos anos 70,  meio que sem querer inventou o White Zin.
Feito da uva Zinfandel tinta, pra conseguir uma concentração de taninos, eles usaram um método chamado de Saignée, onde se retira parte do suco sendo fermentado, assim o vinho fica menos "aguado", com uma estrutura melhor.
Esse suco então rosa, foi fermentado separado, sendo então inventado o Dignissimo, porém sinônimo de vinho barato, White Zinfandel.
Pra quem nunca tomou um White Zin, ele é BEM facinho de tomar, meio docinho, ótimo pra não bebedores de vinho....só que esse "docinho", mais uma vez, foi por acaso.
Certa vez, lá pelos anos 74, 75, num belo dia, no meio da fermentação desse suco extraído pra fazer o White Zin, ocorreu (não sei como se chama em Português) uma Stuck Fermentation, onde as leveduras morrem antes de comer todo o açucar do suco, deixando então de produzir o alcóol, deixando o vinho docinho....

Pronto, essa descoberta foi que nem achar ouro na Serra Pelada....E por ser uma uva que dá muito fácil aqui e pelo estilo do vinho, a fruta não precisa ser de grande qualidade pra virar um vinho que venda, e isso acaba sendo viável vendê-lo BEM barato.
Por exemplo, ontem fomos na ABC* comprar uns vinhos diversos e por minha sogra amar White Zin, compramos 2 garrafas. Preço? U$9.98/duas garrafas, da Beringer.
Eu particularmente não sou fã desse vinho, mas dá pra entender pq vende tanto. É muito fácil de tomar, e é barato.

Por outro lado o Zin tinto foi outra ótima surpresa dos produtos americanos. Virei fã!
Com certeza irei escrever mais sobre o Zinfandel num futuro breve! E conforme formos tomando outros, vou falando aqui.

Cheers

*ABC é um mercadão só de bebidas alcoólicas, supermarket style.











Wednesday, August 10, 2011

Melhor amigo do Homem....e da fotografia!

Primeiramente, queria me desculpar, se é que alguém notou, pela minha ausência no último mês.
Estava trabalhando que nem um camêlo e mal tive tempo pra dormir.....
Agora com tudo de volta ao normal, retomo as atividades bloguísticas, pois já tenho alguns posts em mente pra colocar.

Esse primeiro pós-escravidão é referente a uma matéria que saiu no Estadão online, sobre a fotógrafa Carli Davidson, daqui da grigolândia, que havia acabado de comprar um flash novo e foi testá-lo fazendo fotos de cachorros....Dêem uma olhada nas fotos que barato!!










Hope you guys enjoy it!

Cheers!!