Saturday, October 22, 2011

EnoChatíssimos....




Deixa eu dar uma pausa nos Posts da nossa viagem, por um instante, pra desabafar.

Com meu começo da vida blogueira, eu to começando a ler blogs de outros aficcionados sobre o assunto. Faço parte de um grupo de blogueiros sobre vinho. Muito legal ler o material alheio, aprender com alguns, e sentir raiva de outros.

Eu me considero um entendedor mediano de vinho. Eu conheço bastante, mas ainda tem MTA coisa a aprender. Sabendo disso, eu gosto de saber, ler e aprender mais,  independente da fonte que vem. Se é de outra pessoa, de uma revista, programa de tv, rádio, sei lá....eu tenho uma filtragem mto boa pra saber quando vira besteirol, quando é algo que eu já conheça ou quando me deparo a discussões sobre o assunto onde é um Flato cerebral atrás de outro.

Oque me inspirou a escrever esse post foi que, ao ler um desses blogs alheios, um post bem descontraido e interessante que o autor fala em Decantar vinho com um liquidificador.
Claro, houveram pessoas que entenderam o motivo do Post, por ser uma coisa interessante e brincaram com a idéia. E vou falar sinceramente sobre decantar no liquidificador. Não é de toda má idéia.
Dependendo do liquidificador, óbvio. Não farei esse experimento com um liquidificador de plástico que minutos antes eu bati um suco de abacaxi, ou algo to tipo. Bom, resumindo, o post era pra ser divertido e gerar uma discussão descontraida.
Eis que vem um fulano e solta a seguinte pérola.


"eu acho que não dá certo, porque o decanter não é só um jarro que serve para armazenar o vinho. Tanto o seu formato, quanto as propriedades do material que é utilizado para fabricá-lo garantem o desprendimento dos aromas no tempo correto e o mais importante, de uma forma eficaz ao que se propõe de fato, aerando o vinho da forma correta"...... 

A VÁ!!!!!TÁ DE SACANAGEM. Jura, fulano???

Primeiro, parece que vc tirou esse comentário do Google ou Wikipedia e reproduziu no comentário. Segundo, meu amigo, LEIA a P&%$ do blog e veja que o autor sabe a utilidade dum MFing Decanter. Ou você é daqueles que acham que é melhor do que outras pessoas pq vc sabe a utilidade dum F$^%ing decanter??Vá pro inferno!!!!!!!
É pela existência de malas como esse que a primeira coisa que pessoas falam quando falam que vc entende de vinho é a infeliz: "Ahh, vc é um ENOCHATO então...?"

Isso me fez lembrar uma vez eu estava numa degustação na SBAV em SP, bem quando eu tava começando a tomar bem e entender um pouquinho (saber pq tinto é tinto, e branco é branco), e num dos vinhos eu provei e falei " esse tem gosto de água de azeitona". Rapaz,  olharam pra minha cara como se eu tivesse contado uma piada racista no meio dum bar no Bronx, em NY.
Ai vendo outras pessoas falando sobre o vinho, que ele tinha "notas de nozes pecã, com um retrogosto de romãs compotadas por monges mamelucos e mancos do tibet" .To brincando, óbvio. Não falaram isso, mas o rumo era esse. Comecei, então a entender o pq do termo ENOCHATO!
 E não tem como negar, tem nego MTO chato nesse meio.

Desculpe pra quem gosta, mas o campeão dos malas é o tal do Renato Machado. Aquele jornalista da Globo, que tem (ou tinha) um programa na GNT, com o chefe Troigros. PQP, que MALA!

Ai tem aqueles inseguros, que fazem questão de mostrar que entendem alguma coisa, e tem que provar sempre algo pra alguém, que numa roda de conversa alguém fala "ah, podemos fazer um queijos e vinhos pra conversarmos", ai vem o mala "Ah sim, ai eu posso levar o meu Chateau Margaux premier cru de '82, que irá mto bem com um queijo Gouda, pois a acidez do vinho é leve que harmonizará fantasticamente com a gordura do queijo...bla bla bla bla blaaaaaaaa". MALA!

Por isso as vezes eu fico com um pé meio atrás quando perguntam se entendo de vinho...tenho pavor de ser comparado a esses ENOMALAS!

E aliás, esse foi um dos motivos pela qual comecei a escrever o blog. Pra ao invés de eu falar "este vinho tem uma estrutura fabulosa, com taninos maduros, com uma cor intensa e paladar complexo...", eu possa falar "Rapaz, põe as luvas de boxe, que esse vinho é uma porrada, que dá pra cortar com faca.".

É isso. E quem não gostar, ou achar que não seja apropriado eu descrever vinho dessa maneira, não acompanhe o meu blog e que vá assistir o MALA do Renato Machado.

Tenho dito!

Cheers

Friday, October 21, 2011

Merci, Steven Spurrier.....

Terceiro dia, resolvemos então fazer uma rápa do que queriamos em ambas as cidades. Pegamos até um caminho diferente, uma serrinha irada e pra quem conhece Campos do Jordão, onde tudo é uma serra e sabendo que vivi alguns anos lá,  me senti "em casa".
Queriamos ir primeiro no Old Faithful Geyser, que fica em Calistoga, no norte de Napa. O geyser, pra quem não conhece, é tipo uma nascente de água, só que como ela é fervida pelas pedras do núcleo da terra, ela jorra chegando a 20, 30 metros de altura com vapor. Só existem algumas dessas pelo mundo. E essa da Califórnia se chama Old Faithful pq é uma das únicas que o intervalo dos jatos são iguais sempre, de 20 em 20 minutos. Existe uma explicação BEM mais técnica essa minha, mas é pra isso que serve o google....rs.






 Bom, o lugar é MTO interessante e vale a visita. Rola uma fazendinha lá tb, mas pra nós que somos acostumados a ver bezerros, ovelhas, etc., é um pouco comunzão.

Resolvemos ir lá primeiro pois tinhamos visto que na mesma rua era a vinícola Chateau Montelena.
Essa era uma das poucas que faziamos questão de visitar. Ela, pra quem não conhece, foi quem colocou os vinhos norte-americanos no mapa da viticultura mundial.







Em 1976, Steve Spurrier, um mercador de vinhos inglês, que tinha uma loja de vinhos em Paris, meio cansado das mesmisses dos vinhos, com franceses sempre estando a frente dos outros (mesmo que mtas vezes não estivessem, mas sempre foram crentes que estavam), resolveu organizar uma degustação as cegas, com vinhos novos, competindo com os franceses. Essa degustação ficou mundialmente famosa por Judgement of Paris.
Quando vinicolas americanas ficaram sabendo disso, mandaram amostras pra participar. Ele então chamou alguns jurados, formadores de opinião da época. Eram 11 jurados, e desses onze, 9 franceses.

Bom, encurtando a história. Nessa degustação os campeões foram dois americanos, o campeão de vinho branco foi o Chateau Montelena, com um Chardonnay de 1973.
O tinto, quem ganhou foi o Cabernet Sauvignon da Stag's Leap Wine Cellars tb de '73. Bom, já viram né, depois que viram o resultado, ai a francesada ficou possessa, falando que não era bem isso, blá, blá, blá.Um Parlez Vous da porra....
Existe um filme, aliás, chamado Bottle Shock que conta essa história. É um filme mto legal, com atores até famosos. Recomendo.
Por isso, Chateau Montelena é um ícone aqui e até mesmo fora, onde os vinhos americanos não são TÃO famosos Mas todo mundo conhece o C. Montelena.
Tinhamos que ir lá. E fomos. Entramos na área de degustação deles, mto bem feita, inúmeros quadros de reportagens sobre a famosa degustação. Inclusive uma garrafa do vinho campeão numa caixa de vidro, pendurada na parede. O lugar é mto bonito. Resolvemos então fazer um tasting.
Nos serviram um Riesling (Delicioso. Compramos algumas garrafas aliás), o Chardonnay, Zinfandel e Cabernet Sauvignon.
Chardonnay BEM novo-mundista, baunilha, madeira, etc. O Zinfandel MTO interessante. Um Zin bem mais delicado do que os usuais americanos, na cor, no paladar. Vinho muito agradável, fácinho de tomar, mas que infelizmente não é muito achado aqui, só online. E o Cabernet Sauvignon que não preciso falar...
Demos uma volta por lá, tomamos, tiramos foto, e seguimos viagem.

Como já estávamos pro Norte, resolvemos ver oq tinha pros lados de lá. No caminho passamos pela Sterling, que resolvemos parar de última hora.






O lugar é lindo, uma BAITA estrutura pra visita, até com teleférico pra área de produção, com degustação no caminho do tourzinho, uma vista ALUCINANTE lá de cima, tudo mto lindo. Agora, o vinho......Tudo bem que já meio que sabiamos, por ser um vinho barato aqui, vendido em qualquer lugar. Tomamos CS, Pinot Grigio, Chardonnay, Malvasia Bianca, Sangiovese, etc...os caras tem de tudo. Mas tudo meia-boca.
Moving on....

Estávamos já meio cansados do dia de bike anterior, e pra ser sincero, os vinhos da Sterling cairam como uma bomba, então resolvemos só almoçar e dar umas voltas a pé pela cidade.
Descobrimos um restaurante MTO legal, chamado FARMSTEAD.




O restaurante parece um Barn, e quase tudo que servem são produzidos por ele mesmo. Você sai do salão, e la fora dá pra ver as plantações de manjericão, tomate, tudo que eles usam, eles plantam lá. A comida é iradissima, e o lugar tb mto agradável.
Tomamos um vinhozinho Rosé pra dar uma refrescada...
Saindo de lá, passamos numa Gelateria, bem italianona mesmo, depois em loja de azeites, etc....Ah, e compramos uma caixa com isopor pra poder despachar as garrafas que haviamos comprado!
No caminho de volta pro hotel, claro, tivemos que parar pra tirar umas fotos na famosa placa de Napa.


Seguimos, pois no dia seguinte iamos embora, então precisamos arrumar as coisas.....

E lá fomos nós....

Cheers


Wednesday, October 19, 2011

Keep Biking....

Segunda dia e resolvemos ir a Napa. Queriamos ir um dia em Sonoma, outro em Napa e o terceiro pra fazer oq deixamos de fazer em ambas.
Procuramos fazer uma coisa diferente, pra aproveitar um pouco mais o lugar, a natureza e o clima, que como falei antes, tava INCRIVELMENTE bom, não dando nem um pouco de saudade da Sauna que é a Florida.
Resolvemos então fazer um self-guided tour de bike. Só que era um esquema diferente. Alugamos as bikes, ai falamos pro pessoal da loja mais ou menos onde queriamos ir, eles prepararam uma rota e nos deram um mapa conforme oque escolhido. Óbvio, por estarmos sozinhos e donos dos próprios narizes, podiamos parar onde bem entendessemos. E foi oque aconteceu. E foi um passeio mais para ver do que parar pra tomar....



Ahh, outra coisa, eles tiraram um Menu pra almoço e falaram pra escolhermos oque queriamos, que tava incluso um almoço na Rutherford Hill, que é uma das vinicolas que tem parceria com eles, permitindo que os clientes usem as dependências de piquenique da vinicola pra servir o nosso almoço.
Tudo muito lindo, saudável, natureba. Só uma coisa que nem passou na minha cabeça é que, diferente de orlando, onde não tem UMA ladeira, lá é feito de ladeiras (óbvio)...rs.
Mas apesar do esforço fisico, o passeio é alucinante. A gente pedalava e curtia a vista. Parando e comendo as uvas das videiras...muito legal. Recomendo. Ahh, e oq comprássemos nas vinicolas, como estávamos de bike, era só ligar pra loja e falar que haviamos comprado coisas e eles passavam em cada vinícola e pegavam pra nos entregar na volta do passeio...Muito legal!

Passamos na frente da famosa Opus One, onde o prédio parece mais um quartel general do que uma vinicola, mas passamos de longe só. A primeira que paramos de fato foi a Silver Oak.
Silver Oak é super famosa, com um nome MTO forte por aqui, e com vinhos bem caracteristicos de Napa. Uma marca mto forte.








Lembro quando comecei a trabalhar na Vines, eu tinha curiosidade pois várias pessoas perguntavam dele, etc, e eu não sabia mto pois nunca tinha tomado. Até um dia que a gerente e o dono da loja abriram uma garrafa dum Silver Oak Cabernet Sauvignon Napa '05 (Napa pq eles tem CB de outras regioes tb). A garrafa desse em especifico custava U$100, oq pra cá é um vinho caro! Eles tem um de Alexander valley que é um vinhaço tb, porém mais barato, custando em torno de U$60.
Sabe aqueles vinhos que vc tem que colocar luva de boxe pra encarar?? Você toma um gole e parece que tá tomando uma porrada na cara de tão estruturado. Um vinho complexo...pancada!
Pois é, o Silver Oak é assim. Eles SÓ produzem Cabernet Sauvignon.

Chegamos, comemos umas uvas de CS das videiras e entramos no Tasting Room deles. Muito sofisticado, com muito bom gosto, uma adega climatizada com umas garrafas de coleção, e uma taxa de U$20 pra provarmos 2 vinhos, e ainda ganhamos taças com o logo deles. E não eram quaisquer taças não, taças Bordalesas da Schott Zwiesel. Tomamos, e seguimos viagem....
No caminho passamos na frente da Groth, que tb é bem conhecida aqui, Caymus, entre outras.
Dani queria passar numa loja que ela já havia visto, de azeites, chamada St. Helena Olive Oil Company.



Uma loja MTO legal, muito bom gosto, com vários produtos além de azeites...mto legal!
Passamos por outras várias, mas só na porta. E é muito legal que voc6e vai passando, na mesma rodovia, e vai vendo as entradas e quase todas conhecidas.
Seguimos então para o almoço que era um pouco distante de onde estávamos.
Depois de umas 2 ou 3 paradas quando estávamos pedalando morro acima, chegamos na área do almoço. Chegando lá em cima, uma vista incrivel dos vinhedos, todos mortos de fome e eu só no bagaço..rs.



Comemos, descansamos um pouco e seguimos nosso caminho.Ai sim, morro abaixo...ha!

Ali perto fica a MUMM, que é uma vinicola que produz Chardonnays e Pinot Noirs, porém seu carro chefe é o espumante.



Reparamos, como todas as vinicolas que entramos, como eles sabem fazer as coisas. Incrivel a estrutura pra visitantes, todas de muito bom gosto e preparadas pra receber gente. Dá até gosto de ver!
Na Mumm não foi diferente, mas ficamos pouco lá, pois já tinhamos que voltar pra devolver as bikes.

Pelo texto acima, parece que foi rápido, né? Bom, pegamos as bikes as 11 da manhã e devolvemos as 5pm. Yep! Já viu o resultado né, quebrado, assado e bêbado, porém feliz..haha.
Devolvemos as bikes e voltamos ao Hotel. Chegando no hotel, direto pra Jacuzzi pra tentar recuperar e planejar o dia seguinte! E o dia seguinte seria interessante, com visitas em lugares históricos....

Cheers



Saturday, October 8, 2011

"I'm praying for rain, in California...so the grapes can grow and they can make more wine....." - Napa Part II

Bom, seguimos em direção a Santa Rosa, saindo de Muir Woods.
Não deu 15 minutos de viagem e já começamos a ver vinhedos no acostamento da estrada, e o clima bem "Jordanense" (de Campos do Jordão, onde passei minha infância e vivi alguns anos..), ou seja, céu azul, sem nenhuma nuvem e vento frio....irado!
Fomos dias antes da colheita deles. As vinicolas que produzem espumantes já haviam colhido as frutas, mas de resto, os vinhedos estavam muito bonitos, LOTADOS de cachos de uvas....

Chegamos no hotel, o Hilton Wine Country Sonoma. Estávamos cansados da viagem e queriamos descansar pros próximos dias que seriam cheios...Perguntamos na recepção qual era a melhor pizza que entregariam no Hotel, o cara passou e ligamos. IRADA a pizza. Parecida com pizzas do Brasil, massa delicia, super leve...muito boa!
Acordamos no dia seguinte, aniversário da Dani, e fomos tomar café no hotel ( Que aliás foram complimentary do hotel, por eles terem vacilado na nossa reserva). Uma vista alucinante!


Aos vinhos..... Fomos primeiro na Rodney Strong Winery.





Ela fica em Healdsburg, umas 10 milhas de onde ficamos, e eu queria ir lá, primeiro pq eles tem uma estrutura bem legal, visitor friendly, e eles tem um vinho muito legal. Lembro uma vez estávamos num restaurante que gostamos muito de ir aqui em Winter Park, chamado 310 Park Avenue, e pedi uma taça do Cabernet Sauvignon deles. Não conhecia e queria ver qual era. Incrivel o vinho, cabernezão bem californiano, porém como de Sonoma (CS não é o forte de Sonoma) e não Napa, ele é bem mais fruta, e menos tânico que os CS de Napa. Uma estrutura super boa, fruta bem madura, madeira, chocolate...resumindo, um vinho MTO legal. Lembro tb que tomei, gostei mto e sai procurando onde tinha pra vender, já que na Vines não tinhamos.
Achei, e o preço? 16 pila a garrafa! Eles tem esse Cabernet que é o "básico"deles. Eles tem um reserva tb, de Alexander Valley e outro "grand reserva" tb de Alexander Valley. Além de um Pinot Noir (que não me impressionou muito não), Chardonnay (Bem no estilo Sonoma), um Sauvignon Blanc, Merlot,  Zinfandel e Cabernet Franc.
Mas mesmo tendo outras cepas, o carro chefe deles é o Cabernet Sauvignon.
Não fizemos o tour, pois chegamos um pouco mais tarde, mas pudemos andar pelos parreirais e pudemos comer as frutas direto do cachos...Petite syrahs, cabernet sauvignons....mto legal! Fiquei mais fã do vinho depois dessa visita...

Saindo de lá fomos numa, chamada Copain. Essa Copain, que fica em Russian River Valley, foi indicada por uma gerente de outra vinicola que um amigo daqui me indicou, e ao contactar essa gerente, ela me falou que estaria fora a semana toda e que as visitas estariam fechadas, mas indicou uma outra vinicola, essa Copain, pra quem o enólogo deles tb faz uns trabalhos...








Chegando lá, nos deparamos numa vinicola maravilhosa, com uma vista alucinante, e uma estrutura simples, mas de muito bom gosto. Chegamos lá e eles tavam tendo uma promoçãozinha com uma empresa de dois caras que faziam pizza, levando o forno a lenha num trailler. Rolava um combozinho, comprando uma taça de um dos vinhos, incluia uma pizza individual. Vou falar primeiro das pizzas...vou te falar, como ex-dono de pizzaria, uma das melhores que já comi. Agora, o vinho....ahh, o vinho....

Como não conheciamos os vinhos deles, pedimos uma sugestão da moça nos ajudando. Ela sugeriu um blend deles, totalmente inusitado, de 50% de Pinot Noir e 50% de Pinot Gris. Eles fazem uma Co-Fermentação, muito usado em Côte-Rôtie, no Rhône, na França, onde eles usam Syrah e Viognier. Diferente dos blends tradicionais, onde cada suco é fermentado separado, e depois misturado, nesse caso as duas uvas são fermentadas já misturadas. Esse método foi muito usado antigamente, onde usam a cepa branca pra dar uma "suavizada"nos taninos da cepa tinta.
Bom, eles fazem a mesma coisa com esse vinho, uma co-fermentação.. Resultado: uma rosado escuro, já que fizeram com Pinot Noir que já é um vinho claro, mas ficou um vermelho brilhante.
No nariz, já sentimos de cara TODAS as frutas vermelhas possiveis e BEM floral. Na boca uma acidez bem balanceada, porém um pouco mais presente por causa do Pinot Gris, mas mto bem elaborado, pra não ficar "ardido"de acidez...E é muito doido que vc toma, ve de cara as carecteristicas do Pinot Noir de Russian River (que pra mim é o estilo que mais gosto quando falamos de PN dos EUA), mas depois sentimos caracteristicas Citrus do Pinot Gris...resumindo, o vinho é MTO legal, mto interessante, e feito numa escala bem baixa. Tão baixa que só vendem lá na vinicola. Nenhuma loja ou restaurante tem. Tivemos que comprar uma garrafinha pra trazer. Não piramos tanto não pq eles vendem online, mas direto deles, então quando quisermos, ligamos e pedimos....Eles tem uma linha pequena, mas contendo esse blend, um Pinot Noir varietal (100% pinot noir), Syrah, Viognier, e mais uns três blends diferentes.






Bom, ficamos apaixonados pela vinicola, mas tinhamos que seguir pra encontrar com um amigo de infância da Dani, o Daniel, que mora em Santa Cruz e foi passar o dia com a gente em Sonoma, junto da namorada.
Encontramos com eles no centro de Sonoma, e fomos em outras duas vinicolas com eles, ali perto do centro mesmo. Uma chamada Sebastiani e outra chamada Gundlach-Bundshu.
A Sebastiani meio que nos decepcionou. MTO comercialzona demais, vinhos bem meia boca. E estranho pois eu já conhecia os vinhos dessa vinicola, e não eram maus não. Mas eles foram vendidos em 2010, e aparentemente a qualidade foi lá pra baixo, se preocupando mais com o marketing. Não vou nem falar muito pq não tem muito oq falar....moving on...

Gundlach-Bundschu. A vinicola mais antiga de Sonoma, com uma história que começa lá em 1858. É bem interessante, e sem dúvida é um dos maiores responsaveis pelo sucesso dos vinhos de lá!
Chegamos na vinicola, e reparamos que ia rolar um casamento naquele dia mesmo. Eles estavam arrumando as coisas, com a recepção do casamento no deck deles, com vista pros vinhedos. O lugar é MUITO bonito!






Entramos no Tasting Room pra provar os vinhos e dar uma olhada. Fomos atendidos por um hispano ruivo..haha. O cara gente boa e prestativo. Falou um pouco dos vinhos deles, mas só o básico.
O carro chefe deles são o Cabernet Sauvignon e Merlot, mas eles tem uma linha bem diversa, como esses dois, um cabernet franc, gewurztraminer, tempranillo, rose, pinot noir, tempranillo rose, syrah e zinfandel...
O legal que eles tem as cavas (onde ficam os barris de vinhos fermentando) numa caverna feita na base de um morro, que dá de frente pra loja. Lugarzinho pitoresco!


Final do dia, já estavamos no bagaço, fomos de volta pro centro pro Daniel pegar o carro dele e pra comermos algo.
Fiquei sabendo de um restaurante português lá no centro, chamado L Salette. Fomos nele, mas meio que com um pé atrás, pois com sobrenomes Oliveira e Moreira, rola um certo conhecimento no quesito bacalhau!


E todos ficaram boquiabertos com a qualidade dos pratos. Bacalhau irado, e pra acompanhar, tomamos um vinho local, da produtora SPANN, que era um blend de Chardonnay e Viognier.
Bom, resumindo, dia fenômeno com ótima companhia, ótimos (e não tão ótimos) vinhos, e ótima comida!!!
Chega, fomos pro hotel e dormir que no dia seguinte tinha mais.....

To be continued

Cheers