Tuesday, September 13, 2016

Piacere di conoscerti!

É difícil falar de vinhos italianos sem falar de clássicos - e são tantos! 

A Italia conseguiu aprimorar a cultura do vinho e produzir tanta coisa boa que eu acho particularmente difícil experimentar coisas novas, ja sabendo das tantas delicias disponíveis por ai…

Mas, superando o obvio, devo dizer que o meu primeiro amor italiano não foi um Chianti ou um Nebbiolo, nem mesmo um Prosecco: foi um Nero D’Avola.

E em homenagem a esse amor, resolvi escrever esse post e, quem sabe, inspirar novas descobertas… GO EXPLORE!

Nero D’Avola: diretamente da Sicilia para o mundo! Super versátil, essa uva é um fenômeno seja em cortes 100% ou em blends. Vamos lembrar que a estrela da Sicilia por anos e anos brilhou com o vinho Marsala, que encontra seu lugar ao sol entre vinhos Madeira e Sherrys. O solo vulcânico siciliano, bem seco, e o clima quente, produz uma fruta super vigorosa, e os vinhos Nero D’Avola vem a mesa com teor alcoólico mais alto do que o “normal”, com notas bem acentuadas de frutas vermelhas. Apesar de ser um vinho bem encorpado, ele vai bem com pratos mediterrâneos vegetarianos com base de beringela, abobrinha e pimentão. Na verdade, minha sugestão é prepare esses 3 grelhados, coloque numa fatia torrada de pão italiano, azeite, sal e voila! Crostini de vegetais :)


A vinícola Planeta é maravilhosa, super recomendo! O Plumbago é 100% Nero D’Avola e inesquecível!


Verdicchio: dai que eu fui morar na região de Marche. Nunca ouviu falar né? Pois é. Fui parar la exatamente por causa disso: acho que não tem lugar melhor pra se aprender uma língua do que lugares remotos, longe dos contatos turísticos do resto do mundo… E la, do lado da minha escola-dormitório, tinha uma vinícola que produzia Verdicchio… E considerando a proximidade de Marche com o mar Adriático, tínhamos muitos pratos a base de peixes e frutos do mar, que harmonizam perfeitamente com Verdicchio que tem um perfume floral maravilhoso, mas podem ser muito delicados para quem esta acostumado com uma explosão de sabores. Então para evitar desapontamentos, pensem num Vinho Verde português… É mais ou menos isso.

Verdicchio di Matelica e...


Stocco all’anconetana, prato típico da regia de Marche, que gente, nao a toa vem a ser uma versão de Bacalhau a Gomes de Sa. Lembra do que falei do vinho verde? Pois é…

Rosso Piceno: ainda na região de Marche, que tem muitas colinas (quase tudo que vem de la se chama “Colli” alguma coisa), encontramos Rosso Conero e Rosso Piceno, que tem base de Montepulciano, as vezes Sangiovese, e atualmente, ate um pouco de Trebbiano e Passerina. Na minha opiniao, 6 anos é a idade certa pra esses vinhos que são tintos delicados, com taninos médios, e com um frescor típico de vinhos “a beira mar”… Um italiano que poderia ser da California…

O Pongelli custa aqui uns $20USD e é fenomenal!!!



Franciacorta: e foi nos Estados Unidos que eu conheci o Franciacorta! Trata-se de um espumante de sabor super clássico, da Lombardia, produzido em método tradicional, que exige respeito pela qualidade incrível e pela fermentação em garrafa, bem atípica na Italia. Aqui nos EUA, encontramos alguns Franciacorta com preços mais altos que Champagne… Mas acredito que valha o investimento. E pode ser rose também (pensa no verão no Brasil, sol e praia… perfeito!)



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